sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Chegando em Manágua (Capítulo I)

Era 1984.Saindo do Rio, sendo o Representante de Relações Internacionais da Juventude Socialista do PDT, com nas mãos uma carta de Doutel de Andrade, presidente Nacional do PDT, e outra carta de Anaclateto Julião, presidente da Juventude e e filho de Francisco Julião, criador das Ligas Camponesas em 64 embarquei para encontrar  direção da Juventude Sandinista com quem estávamos conversando a tempos e eles pediam um assessoria política pessoal com experiencia partidária democrática. Peguei um avião que depois de diversas escalas faz um transbordo no Panamá para uma companhia nicagarguense com um avionete que mal cabiam trinta pessoas. Na mala eu , que ia vestido de um terno, levava minhas roupas e uma farda camuflafa imaginando dar-lhe uso na Nicarágua.
Bom, logo ao chegar descobri que ninguém em absoluto usava terno e gravata na Nicarágua, nem as autoridades que me aguardavam e para minha surpresas quando a Força Sandinista abre minha mala e se depara com a farda camuflada fui cercado por mais de vinte guerrilheiros armados de AK-47 que me acercavam apontando suas armas. Meu 'portunhol' não servia nem para pedir água e com o nervosismo então...fui salvo pelo gongo, ou pelos gongos, as cartas de Doutel e Anacleto, mudaram todo o tratamento e começamos a nos entender melhor. Paguei os 28 pesos nicaraguenses obrigatórios e oficialmente eu estava dentro da Nicarágua.

2 comentários:

  1. Hoje recebi um comentário pelo Twitter bem irônico de um colega companheiro desa época. Bom também foi lembrar que pouco tempo atras esta mesma pessoa foi citada pela Rede Globo como alguém que entregava pessoalmente 50 mil Reais mensais de propina pessoalmente a um 'cabralista'. Breve a justiça deve ver isso ... ou não....

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